As bençãos do Senhor são automáticas?

A igreja vive um momento em que a oração tornou-se uma espécie de senha para se conseguir algo. A benção deve ser automática se pedimos devemos receber imediatamente. Será que esse comportamento tem base bíblica? Vejamos então.

Neemias soube através de um de seus parentes que os muros de Jerusalém estavam fendidos e suas portas queimadas a fogo (Ne 1.3). Neemias então começa uma campanha de oração em prol da cidade que durou quatro meses, ele soube da situação da cidade no mês de quisleu, que é o mês nove do calendário hebraico, seria o mês de Setembro no nosso calendário e somente no mês de nisã, que era o mês primeiro, seria o mês de janeiro para nós, ele pede ao rei Artaxerxes que o envie a Jerusalém, para reconstruir os muros, ou seja, ele passou quatro meses orando e jejuando para obter uma resposta favorável do rei.

O exemplo de Neemias nos ensina várias coisas. Primeiro, as bênçãos do Senhor não são automáticas, a condição para a resposta a nossa oração não é o simples fato de nós orarmos, mas a fé e a perseverança envolvidas e o desejo de a obra de Deus ser promovida. Segundo, Neemias não presumiu que por está orando pela causa de Deus não precisaria empregar muito tempo em oração, ao contrário por ser a causa de Deus ele esforçou-se em orar o tempo necessário para que fosse bem sucedido. Terceiro, Neemias não somente orou, mas tomou providências práticas para que o seu empreendimento tivesse sucesso, como descreve o capítulo dois de Neemias.

A oração não é um vale ou um cartão através do qual temos o direito de obter o que quisermos, a oração envolve sacrifício, perseverança e fé, não deve haver lugar para a presunção de que temos o direito de sermos respondidos, mas com humildade oremos até Deus atender segundo sua vontade.