Deus é o Deus do improvável

      O profeta Elias experimentou situações desesperadoras durante o seu ministério. Porém, essas situações tornaram-se em ocasiões em que Deus demonstrou que ele não age segundo a lógica humana. Deus agiu utilizando elementos improváveis para cumprir o seu objetivo. Não espere que Deus aja segundo os nossos métodos previsíveis.

         Deus ordenou a Elias que ele profetizasse que durante três anos não haveria chuva nem orvalho sobre a terra de Israel. (1 Rs 17.1). Logo depois Deus o ordena a se esconder no Ribeiro de Querite, junto ao Rio Jordão. (1 Rs 17.3). Elias beberia do ribeiro e Deus faria algo improvável ordenaria que os corvos o sustentassem (1 Rs 17.4). Para que os corvos sustentassem Elias era necessário ocorrer dois milagres. Primeiro, os corvos deveriam se "interessar" por comida palatável ao ser humano. Os corvos, por instinto, só comem carne em decomposição. Como os corvos iriam ser atraídos por comida fresca? Em segundo lugar, os corvos além de ser atraídos por comida fresca deveriam levar essa comida até onde Elias estava. Situações altamente improváveis, mas que Deus providenciou.

       Decorridos alguns dias o ribeiro se secou (1 Rs 17.7). Elias agora tinha que se deslocar para algum lugar. Ele teria que sair da sua zona de conforto. Deus, então, o ordena a ir até a cidade de Sarepta e por incrível que pareça ordenou que uma viúva sustentasse o profeta. (1 Rs 17.9). As viúvas em Israel deveriam ser amparadas pelo povo, justamente por não ter condições de sustentar-se quanto mais sustentar outra pessoa. Veja que essas ordens dadas por Deus exigiam de Elias uma fé inabalável, pois elas não tinham racionalidade alguma. Elias obedeceu e encontrou a viúva à porta da cidade (1 Rs 17.10). Elias lhe pede um bocado de pão (1 Rs 17.11). Ela então descreve tudo aquilo que possuía: um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na botija. (1 Rs 17.12).

       Elias lhe ordena a preparar um bolo pequeno para ele e depois um bolo para ela e para seu filho. (1 Rs 17.13). Depois proclamou que a farinha não acabaria e o azeite não faltaria até que voltasse a chover sobre a terra. (1 Rs 17.14). A viúva teria que confiar que o pouco que ela tinha Deus multiplicaria em muito. Ela confiou e a pequena porção de comida que ela tinha serviu para alimentá-los por muitos dias. (1 Rs 17.15). Veja que Deus ordenou que uma viúva sustentasse o profeta Elias por um motivo simples: ele queria abençoá-la. Deus se importou com a aflição daquela viúva e providenciou o seu alimento. Quando Deus ordena que Elias fosse sustentado por uma viúva ele não estava preocupado com o sustento de Elias, mas com o sustento da viúva. Elias poderia continuar sendo sustentado pelos corvos, mas o ribeiro se secou e Elias foi obrigado a se deslocar até Sarepta. 

       Algum tempo depois o filho da viúva adoeceu e depois faleceu. (1 Rs 17.17). A viúva interpretou esse fato como uma repreensão de Deus aos seus pecados (1 Rs 17.18). Porém ela estava enganada. Deus queria mostrar mais uma vez que ele age no improvável. Elias deitou sobre o menino três vezes e clamou ao Senhor que a vida do menino tornasse a ele. Deus atendeu e temos nesse episódio o primeiro caso de uma ressurreição registrado na bíblia. (1 Rs 17.21-23).

        Não espere métodos lógicos e racionais de um Deus que age na improbabilidade.



        

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