"porque por muitas tribulações nos importa entrar no reino dos céus"

               O sofrimento dos justos é um assunto díficil de falar, pois do mesmo modo não é fácil compreendê-lo. Porque o senhor permite determinadas circunstâncias nas nossas vidas e não faz nada para reverter a situação? porque quanto mais oramos em busca da solução as coisas ficam ainda mais piores? complexas questões para uma mente limitada como a nossa. E é a partir da conscientização da nossa limitação em entender os propósitos divinos que devemos aceitar a tribulação e ser pacientes durante ela, como nos ordena o apóstolo Paulo(Rm 12.12).

             "O relógio de Deus não atrasa e nem adianta, sempre marca o tempo certo", essa frase é umas das mais repetidas nas igrejas, porém contém uma lição valiosa. O modo como o Senhor e o ser humano lida com o tempo é totalmente diferente. Nós comtemplamos o presente, o aqui e o agora, as circunstâncias dolorosas que nos aflige, entretanto o senhor comtempla mais além, os frutos de justiça que colheremos após a prova. Nenhum servo do senhor passou pela terra sem ser provado, a tribulação consiste no passaporte do crente para as mansões celestiais. Na tribulação não existe orgulho ou vaidade, ela nos torna dependentes do senhor em tudo.
A tribulação está tão vinculada a vida do crente que nem o senhor jesus livrou-se dela "ainda que era filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu"(Hb 5.8). O sofrimento não é necessariamente uma evidência de pecado na vida do cristão, mas um sinal da sua filiação com o pai celestial(Rm 8.17). A tribulação molda o nosso caráter, torna-nos sensíveis a voz do espírito santo. Assim como o ouro é purificado pelo fogo, é na fornalha da aflição que o crente é santificado tornando-se semelhante a cristo. Como diz um belo hino da harpa cristã "Os heróis da bíblia sagrada não fruíram logo os seus troféus, mas levaram sempre a cruz pesada, para obter poder dos céus".
Antes de moisés abrir o mar vermelho, teve que fugir do Egito para não ser morto e passou 40 anos em terra estrangeira. Para que José governasse o Egito teve que ser vendido pelos seus irmãos e preso injustamente durante dois anos inteiros. Davi logo após ser ungido Rei de Israel pelo profeta Samuel só experimentou adversidades, tendo que andar errante pelas cavernas e em terras estranhas devido a perseguição de Saul. Um ponto em comum nessas histórias consiste no fato de que a vitória após a tribulação não aconteceu logo na vida desses servos de Deus, concerteza ao longo do período de espera pela intervenção divina, sua fé fraquejaram, o desespero veio à tona, mas souberam esperar com paciência no senhor.

             O sofrimento é o selo que nos garante a nossa possessão nos céus, como diz o já mencionado hino da harpa cristã(hino 126, escrito pela missionária Frida vingren) "quem quiser de Deus ter a coroa, passará por mais tribulação; ás alturas santas ninguém voa, sem as asas da humilhação".

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