"Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao senhor"

                   Oséias 6.3 nos ordena que conheçamos a Deus e mais que prossigamos em conhecê-lo. Esse versículo estabelece um pressuposto: o conhecimento de Deus nunca poderá ser alcançado plenamente. O conhecimento de Deus produz mudança de atitude, não nos prende, nos liberta, não limita nosso ponto de vista sobre as coisas, mas expande.

                  A ordem para que prossigamos em conhecer ao Senhor é importante tendo em vista que se estagnarmos em um determinado patamar de conhecimento rejeitaremos qualquer outra linha de pensamento, justificando essa atitude no fato de que essa outra linha de pensamento é contrária a bíblia ou é inconcebível, quando na verdade é nossa falta de compreensão que não nos faz aceitá-la. Quando deixamos de prosseguir no conhecimento de Deus somos alvos de uma alienação provocada pelo ponto de vista que temos da bíblia, de Deus e do homem. Os primeiros discípulos em sua jornada espiritual sofreram diversas mudanças de ponto de vista na proporção que prosseguiam no conhecimento de Deus. Primeiro eles não acreditavam que a salvação era para os gentios, tanto que Pedro foi questionado por ter ido a casa de Cornélio "E ouviram os apóstolos, e os irmãos que estavam na judéia, que também os gentios tinham recebido a palavra de Deus. E, subindo Pedro a jerusalém, disputavam com ele os que eram da circuncisão, dizendo: Entraste em casa de homens incircuncisos, e comestes com eles." (At 11.1-3). Para os judeus era inconcebível comer com os gentios e muito menos aceitar que a salvação também era destinada a eles, mas depois de serem conscientizados por Pedro reconheceram que até os gentios Deus deu a salvação "E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: na verdade até os gentios deu Deus o arrependimento para a vida." (At 11.18).

                      O profeta Jonas tinha uma concepção errada sobre a maneira de Deus agir na salvação. Ele não queria que Deus salvasse o povo de Nínive, por isso fugiu para Társis. Os ninivitas eram inimigos do povo de Deus e Jonas tinha aversão a eles. Deus teve que enviar um grande peixe para engoli-lo e ensiná-lo que ele é soberano e os planos dele não podem ser frustrados. Depois de Jonas ter pregado a Nínive e o povo ter se arrependido, jonas ficou triste e Deus usou uma aboboreira para demonstrar seu egoísmo e falta de compaixão. Como seres humanos estamos passíveis as circunstâncias da nossa vida, elas influenciam nossa mentalidade e nos inclina a uma determinada visão de mundo. O conhecimento de Deus nos liberta desses condicionamentos. Quando prosseguimos em conhecer ao Senhor a opinião humana é irrelevante, nossa reação ao novo modo de compreensão que Deus nos dá é automática, não conseguimos manter uma atitude que contrarie essa nova compreensão. Mudar de compreensão não é pecado, mudar de atitude não é pecado, mudar de mentalidade não é pecado. Avalie se essa nova compreensão é divina ou humana, no mais é irrelevante o que o homem ache.

                    Os crentes não são "cabeças duras" estamos em pleno processo de desenvolvimento intelectual, Deus nos fez questionadores por natureza, questionar não é pecado. O conhecimento de Deus não é estático, mas dinâmico. 

                        

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