Que diferença a suficiência das escrituras faz na sua vida?


   
     A doutrina da suficiência das escrituras consiste em um dos pilares do protestantismo. Quando falamos que a Bíblia é suficiente estamos dizendo que podemos depender dela para reger nossa vida, alcançar a salvação, produzir frutos, ter um relacionamento correto com Deus. Nenhum documento ou palavra de algum líder tem o mesmo peso da Bíblia. Ela é suficiente!

       O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo foi enfático "2 Timóteo 3: 16. Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;". Quando Paulo fala em escritura ele está falando tanto do Antigo como do Novo Testamento. Ele destaca que toda escritura é divinamente inspirada. Não há partes da Bíblia menos importantes ou que não foram inspiradas. Até as genealogias foram inspiradas!

      No versículo 15 Paulo já tinha destacado a suficiência das escrituras para alcançarmos sabedoria "2 Timóteo 3: 15. e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus." Pedro alertou sobre aqueles que procuravam desvirtuar a doutrina da suficiência das escrituras através de sutilezas e manipulações "2 Pedro 3: 15. e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; 16. como faz também em todas as suas epístolas, nelas falando acerca destas coisas, nas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras, para sua própria perdição."

     Paulo escrevendo aos Colossenses alertou sobre a utilização de outros recursos além da Bíblia como se ela não fosse suficiente "Colossenses 2: 8. Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo". 

    Podemos notar que Jesus e os apóstolos sempre recorriam à Bíblia para fundamentar seus argumentos dando prova da sua suficiência. "Lucas 24: 26. Porventura não importa que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? 27. E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras." "Atos dos Apóstolos 3: 22. Pois Moisés disse: Suscitar-vos-á o Senhor vosso Deus, dentre vossos irmãos, um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. 23. E acontecerá que toda alma que não ouvir a esse profeta, será exterminada dentre o povo. 24. E todos os profetas, desde Samuel e os que sucederam, quantos falaram, também anunciaram estes dias."

         O que isso tem a ver comigo? Podemos confiar que a Bíblia é suficiente para nos dirigir até a Canaã celestial; Que não falta nada na Bíblia que porventura possamos questionar ou duvidar do seu conteúdo; Que podemos vencer todas as tentações através da Bíblia; Que podemos rejeitar qualquer líder ou igreja que desprezar a sua suficiência.

        Um importante documento produzido após a Reforma Protestante, a Confissão de Fé de Westminster, resume bem a suficiência das escrituras: todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens; reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras gerais da palavra, que sempre devem ser observadas.

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