Pecados comuns que não deixam de ser pecados

   



    O pecado não é tratado de forma transigente na Bíblia. A natureza do pecado é objetiva, isso quer dizer que não é a minha percepção que define o que é pecado. O pecado não deixa de ser pecado por se tornar um comportamento comum ou banal e não varia de pessoa para pessoa. Por isso vamos analisar alguns comportamentos que se tornaram comuns, mas que não lhe retiram o cárater de pecado. O primeiro a ser analisado é a glutonaria. 

     Glutonaria. Signica a pessoa que é glutão. Que não sabe controlar a sua gula. Que come de forma voraz, por prazer, sem ter fome. Esse é um pecado comum e por muitas vezes aprovado no meio evangélico. Frases como "crente gosta de comer" ou "crente não bebe, mas come que é uma beleza" pode ser uma brincadeira inocente, porém às vezes revela que estamos cometendo esse pecado e achando isso normal como se o pecado fosse apenas no campo moral e ético. A Bíblia deixa claro que a glutonaria é pecado. Romanos 13: 13. Andemos honestamente, como de dia: não em glutonarias e bebedeiras, não em imudicícias e dissoluções, não em contendas e inveja. 1 Pedro 4: 3. Porque é bastante que no tempo passado tenhais cumprido a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias.

           O excesso de desejo por comida é uma obra da carne. Quando falamos em prazer relacionamos logo à prática sexual, porém o desejo desenfreado por comida para satisfazer o mero prazer não difere de relações sexuais ilícitas as duas são obras da carne. Além disso, a necessidade constante de comer pode ser indício de uma carência emocional. Pessoas buscam na comida algo que elas sentem falta. Por isso um dos gatilhos para a obesidade é justamente a carência que algumas pessoas sentem e que procuram na comida uma satisfação passageira. Neste sentido "A sensação de incompletude se manifesta como um " buraco " no estômago. É fácil confundi-la com a fome: é preciso atenção para não ficar obeso." (Flávio Givotake). Obesidade e carência

         Algumas pessoas podem argumentar que Paulo fala em glutonaria no contexto de prática de orgias e em honra a outros deuses. Mas, será mesmo que cometemos esse pecado somente nesse contexto? Na verdade a glutonaria como todo pecado revela algo mais profundo.  Todo desejo por excesso provém de uma falta de satisfação. Eu não estou satisfeito com a minha porção – seja a porção no meu prato, no leito matrimonial ou na minha conta bancária. Por não estar satisfeito com minha porção, eu busco uma porção maior. Bereianos. Blogspot

         Procurar satisfazer algo a não ser em Deus é a forma mais comum de pecado. Essa é a história de Gênesis 3. Qual foi o pecado do Jardim do Éden, se não um desejo por excesso? Adão e Eva receberam um paraíso para os olhos e para o paladar, em total ausência de qualquer vergonha, mas o que fazia do jardim um paraíso não era nada disso. Ali era um paraíso porque Deus andava na viração do dia com eles. Apesar disso, a queda de Adão e Eva ocorreu porque eles consideraram que mesmo isso não era suficiente. Bereianos. Blogspot

         Para concluir não podemos associar necessariamente o pecado da glutonaria à pessoas obesas. Há pessoas obesas que não são glutões e pessoas magras que são. Como todo pecado a origem está no coração. 

          

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