Quando os dons espirituais são banalizados

     Banalizar é tornar algo valioso em comum, vulgar. É normal descrentes banalizarem o sagrado afinal eles não creem. Porém, o que percebo é que muitos crentes sem perceber estão vulgarizando o sagrado principalmente no campo dos dons espirituais.

     Os dons espirituais não foram concedidos para a igreja para a sua diversão. A situação está tão preocupante que os crentes estão utilizando o batismo com o Espírito Santo e os dons que o acompanham como formas de entretenimento. São inúmeras piadas, apelidos dados a pessoas, frases prontas que contribuem para que aqueles que não acreditam na atualidade dos dons espirituais fique mais descrente ainda. Não estou dizendo que não possa haver humor no meio evangélico, é óbvio que é existe e é saudável, porém cabe-nos refletir até que ponto o humor está tornando comum algo valioso. O pior é que quem não participa das brincadeiras sofre "bullying". Realmente precisamente voltar às escrituras para avaliar essa situação.

             Essa situação preocupava Paulo em Corinto. O apóstolo chegou a dizer que nenhum dom faltava à igreja 1 Coríntios 1: 7. de maneira que nenhum dom vos falta, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo. Porém, a Igreja banalizou esses dons ao ponto de Paulo chamá-los de ignorantes 1 Coríntios 12: 1. Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Havia um uso exagerado de línguas estranhas 1 Coríntios 14: 6. E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, de que vos aproveitarei, se vos não falar ou por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? E Paulo condena também o antiintelectualismo da igreja 1 Coríntios 14: 15. Que fazer, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. Também condenou a desordem que acompanhava as manifestações 1 Coríntios 14: 27. Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que intérprete. 29. E falem os profetas, dois ou três, e os outros julguem. 30. Mas se a outro, que estiver sentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. 31. Porque todos podereis profetizar, cada um por sua vez; para que todos aprendam e todos sejam consolados; 32. pois os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas;

          Os dons espirituais não foram dados para a autoexaltação ou para a manifestação de opiniões pessoais e nem muito menos para a diversão da igreja. Devem ser utilizados para a edificação que implica o desenvolvimento da igreja na formação do seu caráter cristão. 

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