Não preferindo o prato de lentilhas

          O que é melhor usufruir momentaneamente de uma quantia de dinheiro ou gozar por toda a eternidade de riquezas incorruptíveis? desfrutar de prazeres efêmeros e inúteis ou viver uma vida eterna de prazer inigualável? ser desprezado por um breve espaço de tempo ou ser honrado eternamente por aquele que é o dono do universo? as respostas a essas perguntas parecem óbvias, mas não muito raro acabamos escolhendo as situações menos lógicas por termos a nossa visão limitada as coisas terrestres que são passageiras por natureza.

             Foi isso o que aconteceu com Esaú, o primogênito de Isaque tinha todos os privilégios que essa condição lhe proporcionava; liderança familiar, uma porção dobrada da herança paterna e a benção do concerto entre Deus e Abraão. Porém numa atitude insensata acabou desprezando esses direitos por um insignificante prato de lentilhas, o que depois de arrependido não foi aceito "ainda que com lágrimas o buscou" (Hb 12.17). Vários fatores determinaram essa atitude tola de Esaú:
  • Negligência espiritual.  Esaú não levava a sério as coisas espirituais, tratava as coisas de Deus de forma banal, sem compromisso nenhum.
  • Ele estava cansado, desfalecido.  Hora errada para se tomar uma decisão, quando estamos desanimados e abatidos ficamos propícios a agirmos precipitadamente.
  • Esaú era hedonista. buscava o prazer imediato em detrimento das consequências dos seus atos.
            Esse perfil de Esaú se assemelha ao modo de vida da sociedade atual, busca-se a imediatidade dos prazeres materiais, ignorando valores substancialmente mais elevados e duradouros. Constrói-se assim uma falsa felicidade, justificada pela máxima "os fins justificam os meios", confirmando o que está escrito em provérbios "Há caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte" (Pv 16.25).

            A igreja do senhor é tentada diariamente a adotar esses princípios mundanos, porém como arma eficaz contra as investidas de Satanás devemos lembrarmo-nos da brevidade dessa vida e da herança permanente que nos espera no céu. Não escolhamos o prato de lentilhas, quando nos está reservada a ceia das bodas do cordeiro servida pelo garçom mais ilustre de todos os tempos e na mesa composta pelos mais célebres homens da história que são aqueles que sofreram por amor a cristo.

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