Voltando ao padrão bíblico

Analisando as pregações e a composição de hinos na atualidade podemos perceber um padrão que caracteriza não somente as produções evangélicas desse século como também a mentalidade da igreja atual. Cabe julgar se esse padrão é bíblico ou fruto de invenções humanas.

Comecemos pelas pregações: primeiro o pregador tem que começar a mensagem com uma voz suave, falar alguns versículos e comentar o contexto em que estão inseridos, essa parte é a mais curta da pregação. O tempo dessa parte introdutória depende do “entusiasmo” da igreja, se não houver muitos “glórias” melhor iniciar a próxima etapa que consiste em elevar um pouco a voz principalmente nos finais de frase com um sonoro grito. A igreja começa a se animar momento propício para a tradicional convocação do pregador “coloque a mão no ombro do seu irmão e profetize sobre a vida dele” ou “abram as suas mãos que eu vou liberar uma palavra profética e depois a fechem se não quiserem que ela fuja”. Para terminar o “espetáculo” com chave de ouro começam as profecias digamos redundantes, porque ela já estão na bíblia não precisa o pregador falar para o crente crer “Deus está contigo” “sua luta vai ter fim” “Deus vai salvar a tua casa”. Depois do êxtase gerado nos crentes é o momento de entregar o microfone e contabilizar no seu “currículo” o número de pessoas batizadas com o espírito santo e supostamente salvas.

Agora os hinos: toda composição tem que ter pelo menos uma dessas palavras “milagre”, “vitória” e “benção”. Passagens bíblicas quando são mencionadas são específicas, algum personagem bíblico que saiu do “fundo poço” e sentou na cadeira de rei. A letra não pode ter muito conteúdo, tem que ter um refrão fácil de memorizar para fazer sucesso. Temas como a volta de jesus, arrependimento de pecado e a cruz de cristo estão “proibidos” esse tipo de “produto” não venderia. Pense bem o que venderia mais “estás preparado para a volta de jesus?” ou “hoje a sua vitória vai chegar”? não precisa ser especialista em marketing para saber. Os hinos tem que ser animados não podem ser do tipo que instiga a meditação ao contrário tem que ser aqueles que não dá vontade de ficar parado, não importa se o barulho dos instrumentos impede escutar a letra.


Esse é o padrão que percebo nas pregações e hinos atuais, claro que todos tem o direito de discordar. Mas refletindo consigo mesmo será esse o padrão bíblico autêntico? Para compararmos meditemos nesse versículo do apóstolo Paulo “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” (Cl 3.16).

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