"As portas do inferno não prevalecerão contra a minha igreja"
A
igreja brasileira vivencia um momento de tensão. Diversos segmentos da
sociedade estão promovendo uma incitação para que projetos de lei que
restringem a atuação da igreja sejam aprovados. O objetivo deste artigo é
minimizar essa tensão e ressaltar que a igreja deve lutar, mas não transformar
essa luta em sua prioridade.
Na
época do império romano é por todos sabido a perseguição sofrida pelos
cristãos, parte dessa perseguição foi registrada na bíblia. Na época os crentes
perderam casas, famílias, bens e suas próprias vidas. Ser cristão era sinônimo
de algo desprezível e que deveria ser banido da terra. Na idade média a igreja
católica promoveu uma verdadeira carnificina contra os protestantes. A
inquisição era o símbolo do repúdio e o instrumento do genocídio de muitos
cristãos protestantes. Livros com doutrinas protestantes eram proibidos e
pregadores dessa nova “doutrina” eram martirizados. O iluminismo tentou
atribuir à bíblia um caráter humano desprovido de elementos sobrenaturais e de
milagres, alguns até profetizaram que o cristianismo deixaria de existir.
Atribuíram à crença no sobrenatural a ignorância da população e se
autointitulavam como aqueles que trariam a luz da sabedoria. Até recentemente,
principalmente na região nordeste do Brasil os crentes eram perseguidos pelos
católicos que os consideravam uma seita e muitos crentes eram recebidos com
pedradas quando pregavam.
Esses
fatos históricos demostram que a perseguição à igreja não é algo inédito. Ao
contrário diversos textos bíblicos argumentam sobre a realidade da perseguição
na vida da igreja. (Mt 5.10); (At 8.1); (At 13.50); (2 Tm 3.12). Os projetos de
lei que tramitam no congresso nacional não podem tornar-se o foco de energia empregada
pela igreja, a tarefa prioritária da igreja sempre será a pregação do
evangelho. A luta é válida, mas se esses projetos forem aprovados a igreja não
será inutilizada por isso, não seremos silenciados por isso, pois mais vale
obedecer a Deus do que aos homens. Quando a igreja for perseguida por essas
leis não será algo inédito. Na verdade a igreja deveria se preocupar mais com a
cooperação do mundo do que com a perseguição, pois a bíblia diz que a amizade
do mundo é inimizade contra Deus e o que acontece hoje é um verdadeiro acordo
entre a igreja evangélica brasileira e a mídia. É claro que não queremos uma
perseguição, que o Senhor possa livrar a sua igreja amada das aflições de uma
perseguição, mas ela traria uma reformulação radical na igreja, mostraria quem
é crente e quem não é.
A
igreja não pode focalizar sua energia em lutar contra projetos de lei, sua
natureza é ser uma agência do Reino de Deus na terra, a igreja não pode
manter-se inerte contra isso, mas não pode maximizar esse problema ao ponto de
esquecer sua tarefa principal.
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