"tinham tudo em comum"

              A igreja primitiva compartilhava entre si todos os bens ou ganhos que possuíssem "E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um"(At 2.45). Esse procedimento mostrou-se inconveniente, pois com o aumento do número de crentes, muitos se aproveitavam para enriquecer à custa de outros. Porém o princípio do "tinham tudo em comum" permanece válido e exigível na igreja moderna.

                 A comunhão de bens praticado pela igreja primitiva é de difícil realização nos dias de hoje. Não faltarão pessoas afirmando ser crentes para enriquecer com o trabalho dos outros e não faltarão crentes egoístas que se negam a se despojar de seus bens para ajudar outros. Porém, em outros aspectos os crentes devem ter tudo em comum. É verdade que em uma igreja há múltiplas personalidades, diferentes gostos e opiniões, no entanto, existem princípios básicos que cristãos salvos não podem divergir.

              Cristãos devem ter em comum a opinião de que a amizade do mundo é inimizade contra Deus.(Tg 4.4). Os valores e ideologias do mundo não podem ser adotados pelos crentes. Quando um cristão não respeita a opinião do outro e tenta impor sua moral ou convicção está compartilhando de um comportamento mundano que tem como razão de ser o egoísmo que predomina em nós.

               Cristãos devem ter em comum o mesmo objetivo. Nosso objetivo é ser o corpo de cristo e representá-lo aqui na terra, como seus representantes devemos demonstrar o seu amor pela humanidade. Se não há amor nem dentro do corpo como podemos demonstrá-lo para quem está fora dele?! A nossa identidade é o amor, jesus afirmou que seríamos conhecidos por nos amarmos uns aos outros. (Jo 13.35).

          Cristãos devem ter em comum o mesmo ódio. O ódio contra o pecado, contra a inveja, a cobiça, a difamação do próximo, as divisões e a hipocrisia. Cristãos devem ter ódio não prazer nessas coisas. Paulo enumera pecados que nem deviam ser mencionados na igreja "mas a fornicação, e toda impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos;" (Ef 5.3). 

             Cristãos devem ter em comum o mesmo anseio. Nossa gloriosa expectativa é a vinda de Jesus, não as coisas terrenas. Tudo aqui é efêmero, passageiro. Nosso anseio é a volta de Jesus que nos levará para a morada que ele já nos preparou. O crente não é seduzido pelas coisas terrestres, mas sua mente está firme no futuro de glória.

              Em uma família, em regra, todos são parecidos, tanto fisicamente como ideologicamente. Os pais, em regra, ensinam seus filhos segundo os seus valores e os filhos repassam o que aprenderam aos seus filhos. Na família cristã também devemos ser parecidos, somos irmãos em Cristo que ensinou o caminho em que devemos andar. 

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