Jesus também ensinava sobre o combate a corrupção

                    Superfaturamento, discriminação e mau uso do dinheiro público não são particularidades da nossa época, desde os tempos de Jesus e até antes mesmo essas práticas aconteciam. Jesus não era indiferente a esses temas, combateu-os e nos ensina a "dar a césar o que é de césar".

                Os cobradores de impostos em Israel tinham uma imagem negativa diante do povo. Primeiro, porque eles cobravam os impostos que eram recolhidos aos cofres romanos o que representava a submissão israelita sobre o império romano. Segundo, porque eles cobravam mais do que o devido, superfaturando o valor do imposto para ficar com uma parcela do dinheiro. "Chegaram também uns publicanos para serem batizados, e perguntaram-lhe: Mestre, que havemos nós de fazer? Respondeu-lhes ele: Não cobreis além daquilo que vos foi prescrito."(Lc 3.12,13). Jesus conhecia essa prática dos cobradores de impostos e ordenou-lhes que mudassem de comportamento para entrar no Reino de Deus. Porém, os cobradores de impostos não era a única categoria que se corrompia em Israel, a polícia também foi repreendida por Jesus. "Interrogaram-no também uns soldados: E nós, que faremos? Disse-lhes: a ninguém queirais extorquir coisa alguma; nem deis denúncia falsa; e contentai-vos com o vosso soldo." (Lc 3.14). Interessante a atualidade dessas práticas hoje. Quantas notícias não vemos de policiais que subornam criminosos para não denunciá-los, que "plantam" provas para incriminar alguém, geralmente negro e pobre! 

                      Os cobradores de impostos e os policiais não são os únicos que se corrompem. A corrupção começa em nosso cotidiano. Quando compramos algo na padaria e o vendedor dá um troco errado devolvendo mais do que deveria, nós voltamos para devolver a diferença? Quando vamos ao banco e temos que encarar uma fila enorme, nós respeitamos a ordem de chegada? Quando recebemos um benefício do governo e a nossa renda aumenta ao ponto de não enquadrarmos mais nos requisitos do benefício, nós informamos o INSS ou continuamos recebendo o dinheiro? Quando pedimos um atestado médico para não ir trabalhar mesmo não estando doente? Quando vendemos alguma coisa e escondemos informações sobre ela que caso o comprador soubesse não compraria? São inúmeras as práticas de corrupção que cometemos e Deus vê isso. O pecado não se restringe a impureza sexual ou moral também inclui a maneira como agimos como cidadão. Se não somos cidadãos honestos nesse mundo como iremos ser cidadãos do céu? 

                           A nossa cidadania terrestre reflete a nossa cidadania celestial. Os crentes devem  inspirar confiança nas pessoas, a confiança de que por ser crente não enganamos, não fraudamos, não damos calote. 


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