"aquele que furtava não furte mais"
Em Efésios 4.28, o apóstolo Paulo traz um mandamento que reflete a conduta daquele que tem uma nova vida em Cristo "Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tem necessidade." O mandamento é amplo: não furte mais! trabalhe honestamente! reparta com o necessitado! o velho homem furtava, o novo homem reparte.
O furto remete-nos ao ato de subtrair um objeto ou algo de valor de alguém. No entanto, há diversas maneiras de furtarmos alguém. Tirar vantagem seja de qualquer forma é um furto, você está obtendo uma vantagem com o prejuízo de outro e Deus atenta nisso "Pois quem faz injustiça receberá a paga da injustiça que fez; e não há acepção de pessoas." (Cl 3.25). O patrão que não paga devidamente o empregado; o comerciante que vende um produto que não corresponde as qualidades anunciadas; o profissional que não trabalha as horas devidas; o cidadão que recebe indevidamente um benefício do estado. Essas práticas configuram furto, pois causam prejuízo ao patrimônio de outro. A bíblia relata um caso peculiar de furto que configura-se no furto de coisas sagradas. No capítulo 7 de Josué a bíblia relata o pecado de Acã que furtou vários despojos da cidade de Ai, quando Israel a invadiu para conquistá-la, a ordem de Deus era expressa no sentido de que ninguém tomasse para si qualquer despojo da cidade, Acã desobedeceu e foi condenado. Malaquias descreve como o homem pode roubar a Deus "Roubará o homem a Deus? todavia, vós me roubais, e dizeis: em que te roubamos? nos dízimos e nas ofertas alçadas." (Ml 3.8). O crente pode roubar a Deus quando negligencia a entrega do dízimo.
O furto é a maneira mais fácil que o preguiçoso encontra para ganhar dinheiro. O valor do trabalho e a dignidade de ganhar o seu sustento com o seu esforço é o melhor remédio contra a preguiça e o recurso ao furto para enriquecer. O preguiçoso cairá em pobreza "O preguiçoso não lavra no outono; pelo que mendigará na sega, e nada receberá." (Pv 20.4). O preguiçoso prefere ser desonesto do que trabalhar para sustentar-se. Porém, o trabalho é uma dádiva divina. O trabalho não é uma consequência do pecado, Deus o instituiu antes da queda e é certo que na eternidade vamos trabalhar, pois o trabalho dignifica o homem, reforça sua autoestima, contribui para a sua saúde física e emocional. O furto leva à pobreza, à frustração, ao desejo incessante de sempre ganhar mais e nunca ter nada. O apóstolo Paulo ensinou sobre o valor do trabalho "Porque, quando ainda estávamos convosco, isto vos mandamos: se alguém não quer trabalhar, também não coma." (2 Ts 2.10). Paulo não tolerava os preguiçosos. Não podemos esquecer o valor do trabalho para ganharmos nosso sustento. O amparo do estado nas questões sociais não pode estimular a preguiça e a desonestidade para ganharmos nosso dinheiro.
O furto não se resume a subtração de algo. Podemos furtar alguém de várias maneiras. O trabalho é a dádiva de Deus para nos prevenir de vivermos desonestamente.
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