O perigo da inversão de prioridades

             Em mateus cap. 6.33 está escrito "Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas." Essas coisas a que se refere o texto, consiste nas nossas necessidades diárias, aquilo que precisamos para nossa sobrevivência e satisfação material. Pela leitura dos versículos anteriores depreende-se que essas coisas devem ocupar uma posição secundária em nossa vida, pelo simples fato de que não devemos nos preocupar com elas, pois se Deus cuida até da erva do campo, não nos desamparará em nossas necessidades.

             A prioridade do crente deve ser a busca pelo reino de deus, o seu anseio deve ser uma comunhão mais profunda com o senhor. Porém há o perigo constante de amarmos tanto as coisas materiais e buscarmos com ansiedade as riquezas que inverteremos as prioridades em nossa vida, ao invés de nosso tesouro ser a nossa comunhão com o senhor passa a ser um carro ou uma casa bem mobiliada, a preocupação com a expansão do reino de Deus dar lugar a preocupação em acumular riquezas, a consequência disso tudo é destituirmos o senhor do centro de nossa vida e idolatrar as coisas desse mundo.

              O senhor jesus foi bem claro quanto a acumulação de riquezas, é completamente incompatível o amor ao dinheiro e o serviço cristão, pois ninguém pode servir a dois senhores simultaneamente. O apego as coisas materiais destrói a dedicação do crente a obra do senhor, seu entusiasmo e interesse pelas coisas espirituais esfriam-se de modo a mergulhá-lo num profundo sono espiritual e não basta simplesmente o crente ter amor ao dinheiro para que essa situação se configure, basta uma preocupação demasiada com o trabalho, com a faculdade ou com os deveres domésticos para que o reino de Deus deixe de ser a prioridade na vida do crente. Exemplo disso encontramos em Marta tão afadigada com os serviços e não escolheu a melhor parte, a qual não lhe seria tirada como fez maria (Lc 10.38-42).

              A prioridade de jesus era fazer a vontade daquele que o enviou "Jesus disse-lhes: a minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra." (Jo 4.34). Nós como seus discípulos devemos seguir seu exemplo de abnegação e humildade e não confiar na incerteza das riquezas para não perdermos o rumo do céu.