"Icabô, foi-se a glória de Israel"

                 No cap. 4 de 1 Samuel, está descrito um dos momentos mais tristes da história de Israel. Israel foi ferido diante dos filisteus; os dois filhos de Eli, hofni e finéias foram mortos e o mais trágico: a arca de Deus foi levada. A bíblia relata que quando Eli ouviu a notícia do rapto da arca de Deus, caiu para atrás da cadeira onde estava sentado e quebrou o pescoço; sua nora, a esposa de finéias, estava grávida, e quando soube da morte do marido e que a arca de Deus fora levada, deu à luz e chamou ao menino Icabô, que significa onde é a glória, pois foi-se a glória de Israel.

                  A arca de Deus representava a presença de Deus entre o seu povo, a arca propiciava segurança aos israelitas de que o Senhor estava com eles. A arca era o principal objeto do tabernáculo, nela o senhor manifestava a sua glória de forma sobrenatural, através de uma luz resplandecente entre os dois querubins que eram postos sobre o propiciatório, que era a tampa da arca. Sobre o propiciatório, o sacerdote espargia sangue no dia da expiação, para fazer expiação pelo povo de Israel. Ficava no lugar santíssimo, onde só ao sumo sacerdote, uma vez no ano e com um sacrifício era permitido entrar. A arca era tão estimada entre os israelitas, que quando o rei Davi a trouxe para Jerusalém, depois de ter ficado vários anos na casa de Abinadabe, houve uma verdadeira festa entre o povo e foi nesse episódio que Davi dançou na presença do senhor. A arca foi também objeto de juízo para os inimigos de Israel, a bíblia fala que quando ela estava em poder dos filisteus o Senhor enviou-lhe muitos males e aflições. A arca era enfim, a fortaleza de Israel, motivo de temor para os seus inimigos e a imagem vísivel da glória do senhor.

                   A glória de Israel se foi porque o povo não vivia em completa obediência ao Senhor, principalmente devido aos dois filhos de Eli que profanavam o sacerdócio. Da mesma forma na nossa vida a glória de Deus pode retirar-se inconscientemente, sem percebermos poderemos perder pouco a pouco a glória do Senhor em nossas vidas. Por isso o apóstolo Pedro manda vigiar diante da astúcia do inimigo (1 Pe 5.8). Um crente cheio do espírito santo pode expulsá-lo da sua vida ao adotar práticas que a princípio não lhe trarão nenhum prejuízo, mas é exatamente nessas práticas inocentes que Satanás trabalha para nos derrotar. Entretenimentos, diversões ímpias e companhias ímpias pode nos levar ao declínio espiritual sem sequer notarmos, o que parecia inocente e inofensivo tornou-se motivo da queda espiritual. Satanás com sua astúcia usa diversas estratégias para nos derrotar e como um bom estrategista ele não irá usar estratégias óbvias que poderemos perceber com facilidade, mas será sutil o bastante para que se não vigiarmos, nos tragar.

                    No cap. 6 ver. 10-18 de Efésios está descrito as armas que devemos usar no combate ao inimigo, usamo-las sempre "Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais."(Ef 6.11).

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